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Por Thierry Gozzer — Rio de Janeiro

Ethan Miller/Getty Images

O basquete brasileiro não terá o talento do jovem Oscar da Silva a seu favor. A Confederação Brasileira de Basketball bem que tentou, mas não conseguiu convencer a federação da Alemanha a liberar o jogador de 20 anos, nascido em Munique, mas filho do ex-pugilista baiano Valdemar. O ala/pivô de 2,05m tinha o interesse de defender o Brasil, mas "esbarrou" nos planos dos europeus para a sua carreira. Os alemães não abriram mão de Oscar em conversa com a CBB e explicaram ter um plano de carreira do jogador para seu aproveitamento nas seleções sub-21 e quem sabe posteriormente no time adulto, apesar dessa não ser a prioridade do momento. Diante da situação, a confederação encerrou questão.

Com a negativa alemã, a família de Oscar também optou por não estremecer relações com os europeus, que aproveitam o jogador na base e onde ele foi bem recebido desde as categorias inferiores. Seu pai ainda reside em Munique e o jovem está nos Estados Unidos, onde jogou as duas últimas temporadas pela Universidade de Stanford, sendo elegível para o Draft da NBA até o ano de 2021.

Oscar procurou a CBB em 2015, ainda durante a gestão de Carlos Nunes. Ao lado do seu técnico da escola, entrou em contato por e-mail com a entidade. Ali, se apresentava e mostrava a intenção de um dia defender a seleção brasileira, já que teria essa opção por conta da nacionalidade do pai. A mensagem nunca teve uma resposta. Em 2016, então, Oscar começou a jogar pela Alemanha. No ano de 2017, a CBB, sob nova administração, começou a explorar jogadores com possibilidade de cidadania brasileira e chegou até Oscar.

Oscar da Silva em ação pela seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2017 — Foto: Arquivo pessoal

Dali em diante tentou negociar sua liberação junto à federação alemã e à Fiba. O regulamento da Federação Internacional de Basquete diz que o atleta decide sua nacionalidade ao defender uma seleção depois de completar os 17 anos. Esse era o caso de Oscar. Mas, uma autorização especial da entidade poderia mudar a situação, desde que os alemães concordassem. O que não aconteceu. Nesse período, Oscar jogou a Copa do Mundo sub-17 pela Alemanha. No último ano, jogou a NCAA pela Universidade de Stanford, com médias de 9,5 pontos e seis rebotes.

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